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Mortalidade infantil ainda é um desafio no Brasil

30/04/2025
Foto de um urso de pelúcia caído no chão

Apesar dos avanços conquistados nas últimas décadas, o Brasil ainda enfrenta desafios importantes no enfrentamento à mortalidade infantil. Dados recentes do Ministério da Saúde, compilados pela Fundação Abrinq por meio do Observatório da Criança e do Adolescente, revelam que, em 2023, a taxa de mortalidade infantil foi de 12,6 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada mil nascidas vivas. 

Embora esse número represente uma melhora significativa em relação ao início da série histórica – que em 1990 registrava 47,1 óbitos por mil nascidos vivos –, o indicador se mantém praticamente estagnado desde 2015. Isso significa que milhares de crianças ainda perdem a vida precocemente, muitas vezes por causas evitáveis. 

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Diferenças regionais e causas 

A taxa de mortalidade infantil varia de forma preocupante entre as regiões do país. Enquanto o Sul apresenta a menor taxa, com 10,0 óbitos por mil nascidos vivos, o Norte lidera com 15,9, seguido pelo Nordeste (13,8), Centro-Oeste (12,8) e Sudeste (11,7). Esses dados revelam desigualdades no acesso e na qualidade dos serviços de saúde, saneamento, alimentação e informação, fatores diretamente ligados à sobrevivência e ao desenvolvimento das crianças nos primeiros anos de vida. 

Entre as principais causas de morte em crianças menores de 1 ano estão complicações relacionadas ao parto, prematuridade, infecções respiratórias, diarreia e doenças congênitas. Muitas dessas situações podem ser prevenidas com ações simples e integradas de atenção à saúde e apoio às famílias desde a gestação. 

Foto de um urso de pelúcia caído no chão

Como a Fundação Abrinq atua para combater o problema 

Comprometida com a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes, a Fundação Abrinq desenvolve o Programa 1000 Dias, que tem como objetivo promover o desenvolvimento integral da criança desde a gestação até os 2 anos de idade, período considerado determinante para a saúde ao longo da vida. 

O programa está estruturado em três fases, e as duas primeiras atuam diretamente na prevenção da mortalidade infantil. 

Fase 1 – Da gestação ao nascimento 

Esta etapa foca no fortalecimento do atendimento às gestantes, parturientes e recém-nascidos. Entre as ações realizadas estão: 

  • Formação de profissionais da Saúde, como enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem; 
  • Integração entre as áreas da Saúde, Educação e Assistência Social; 
  • Promoção de cuidados contínuos com gestantes e parturientes; 
  • Monitoramento da qualidade do pré-natal e dos serviços oferecidos às mulheres. 

Fase 2 – Do nascimento aos 12 meses 

Durante o primeiro ano de vida da criança, o programa atua com foco na promoção da saúde e no desenvolvimento integral. As principais iniciativas incluem: 

  • Capacitação de equipes de saúde materno-infantil e profissionais de creches; 
  • Realização de encontros com puérperas e familiares para orientações sobre cuidados com os bebês; 
  • Integração das políticas públicas para fortalecer o apoio às famílias; 
  • Monitoramento contínuo do desenvolvimento infantil. 

Ao investir na formação de profissionais, no acompanhamento das gestantes e na orientação das famílias, a Fundação Abrinq contribui diretamente para reduzir os fatores que mais impactam a mortalidade infantil. O Programa 1000 Dias reforça a importância da prevenção e da atuação integrada, colocando a infância no centro das políticas públicas e da mobilização social.

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