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Voluntários da Fundação Abrinq debatem como lidar com as dificuldades alimentares na infância

10/10/2017
Voluntários da Fundação Abrinq debatem como lidar com as dificuldades alimentares na infância

Por meio de uma iniciativa do Programa Adotei um Sorriso, da Fundação Abrinq, foi realizada, em setembro, uma palestra para voluntários do programa sobre as “Dificuldades alimentares na infância e suas consequências à saúde”. O encontro contou com a presença de diversos profissionais envolvidos com a causa e compartilhou orientações importantes a serem trabalhadas com a família das crianças.

“Sempre reforço a importância da mudança de visão dos pais. As mudanças dos hábitos devem ocorrer no ambiente em que a criança está inserida para que reflita nela. Uma boa dica é incentivar a criança a se tornar mais responsável pelo ato da refeição, deixando-a participar de algumas fases da preparação, como a higienização das verduras, preparação de algum item da refeição ou até enfeitar o prato, tornando a alimentação mais lúdica e atrativa”, comenta a nutricionista Aline Menezes, que palestrou durante o evento.>

Confira algumas dicas:

A alimentação é um cuidado essencial com a saúde. Principalmente na infância, quando todo o desenvolvimento da criança está acontecendo. Por isso, a educação familiar é fundamental.  É importante saber que a alimentação nessa fase deve ser mais educativa, logo, a criança vai tentar reproduzir ações das pessoas que convive, algo muito comum para começar a falar, andar e também para formar seus hábitos alimentares. Nesse período os pais precisam fazer as crianças se interessarem pela comida, oferecendo algo novo a cada refeição. No entanto, a aceitação de novos alimentos é um processo que ocorre progressivamente, necessitando persistência e compreensão aos limites do filho.

Durante a infância é muito comum que aconteça a inapetência*: onde ocorre uma desaceleração do crescimento, consequentemente, o organismo passa a necessitar menos energia gerando uma queda no apetite. Nessas situações é normal que os responsáveis fiquem preocupados, entretanto, a criança já sabe interpretar os sinais de saciedade, podendo ter autonomia para definir a quantidade que deve comer. Forçar a ingestão de alguns alimentos pode ocasionar traumas como a neofobia alimentar: quando a criança tem medo de consumir alimentos novos.

De acordo com a nutricionista, “Nesses dois casos os pais precisam agir com naturalidade, respeitando a necessidade da criança. A alimentação deve ser realizada de forma leve e prazerosa, para que isso aconteça deve ser encarada como qualquer outra atividade do dia”.

Uma má alimentação pode impactar de forma negativa no desenvolvimento da criança, podendo resultar em graves problemas como: hipertensão, diabetes, obesidade ou desnutrição, anemias, entre outras.

“Cuidar da saúde é muito importante e ter programas como o Adotei um Sorriso no qual temos diversos profissionais engajados, com vários olhares discutindo e ao mesmo tempo olhando para as crianças e adolescentes que não tem recursos, não tem acesso a esses profissionais, é riquíssimo”, completa Andreia Matos, psicóloga que também palestrou durante o encontro.

*Inapetência: Fase que acontece no final da primeira infância, entre os 3 e 7 anos de idade, na qual ocorre a desaceleração do crescimento da criança.

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